Unidade de Campo Largo é polo na região para aplicação do Palivizumabe, que evita agravos de síndromes respiratórias. Neste ano, passou a receber crianças residentes em todas as regiões do Paraná para atendimento pediátricos de alta e média complexidade. Está em andamento projeto para iniciar cirurgias ortopédicas em crianças e adolescentes.
O Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, é referência para 28 municípios em aplicação do medicamento Palivizumabe, indicado para aumentar a proteção contra os quadros graves de infecções respiratórias causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças nascidas prematuramente ou com comorbidades. Por mês, 160 crianças recebem o medicamento.
O medicamento é disponibilizado pela Secretaria estadual da Saúde às suas 22 Regionais. O Hospital Waldemar Monastier é uma delas e polo para a aplicação Palivizumabe, atendendo cidades da 2ª Regional de Saúde, a Metropolitana. São cinco doses, administradas entre os meses de março e agosto (período de sazonalidade climática) em bebês menores de um ano, que nasceram com até 28 semanas e seis dias de idade gestacional; menores de dois anos com doença pulmonar obstrutiva crônica (broncodisplasia) ou com cardiopatia congênita.
Thayane do Nascimento é mãe de gêmeos. Os dois meninos nasceram prematuros, ficaram três meses na UTI Neonatal do hospital e precisaram receber o medicamento. A assistência e tratamento ajudaram no crescimento e recuperação das crianças. “Fomos muito bem atendidos no hospital e nos deram todo o suporte que precisávamos. Ver nossos bebês crescerem traz muita alegria. Apesar de algumas dificuldades que encontramos, pelos meninos terem nascido muito antes do tempo, eles estão bem”, conta.
"Esse atendimento garante um crescimento e desenvolvimento saudável, com diminuição significativa do número de internações dessas crianças atendidas no programa", destaca a diretora-geral do hospital, Maria Isabel da Cunha.
CIRURGIAS E MELHORIAS – O hospital, que desde 2019 faz parte das unidades próprias do Governo do Estado, ampliará ainda mais seu espectro assistencial. Está em andamento um processo de habilitação para cirurgia de ortopedia de alta complexidade. O novo projeto, previsto para iniciar neste segundo semestre, vai permitir a realização de cirurgias para deformidades da coluna vertebral de crianças e adolescentes.
Sob a gestão da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas), a unidade se tornou referência no atendimento de alta e média complexidade a pacientes pediátricos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estadual em todo o Paraná.
“Temos investido nessa unidade desde o início da gestão, aumentando os atendimentos e oferta de serviços, assim como as especialidades. O reforço faz parte da política de regionalização do Governo do Estado e garante a centenas de crianças vários tipos de tratamentos adequados”, enfatiza o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Desde 2019, a Secretaria estadual da Saúde destinou mais de 200 milhões para a compra de equipamentos e melhoria da estrutura. Esse incremento permitiu que o número de cirurgias gerais aumentasse de 40 para 230 por mês. O volume de consultas ambulatoriais passou de 725 para 3.100 mensais.
Hoje, são 40 UTIs neonatal e pediátrica, um centro cirúrgico e há atendimento ambulatorial em diversas especialidades de pediatria. A estrutura totaliza 112 leitos ativos, incluindo 47 de enfermaria, 15 leitos enfermaria cirúrgica e dez para Hospital Dia (assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos).
Essa estrutura possibilita receber pacientes via Sistema de Regulação Estadual para internações, atendimento ambulatorial e exames.
De acordo com o diretor-presidente da Funeas, Marcello Machado, a gestão tem o propósito melhorar cada vez mais a infraestrutura do hospital. “Fizemos adequações físicas, pinturas, aquisição e recuperação de equipamentos e já estamos planejando a ampliação de espaço físico para atendimento aos municípios que precisam de referência especializada em pediatria no SUS. A demanda tem aumentado e é importante consolidar o hospital como essa referência”, reforça.
A equipe médica presta atendimentos em 20 especialidades, como anestesiologia, cardiopediatria, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, dermatologia, endocrinologia pediátrica, gastropediatria/hepatologia, hematologia pediátrica, rematologia pediátrica, endocrinopediatria, nefropediatria e infectopediatria.
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